Igreja Matriz Nossa Senhora do Pópulo

Em 1495, na lateral do Hospital, foi construída sob autorização papal uma Capela, que em 1510 se consagrou como Igreja Matriz Nossa Senhora do Pópulo, vindo a ser classificada como Monumento Nacional em 1910. Uma das maiores curiosidades desta obra é a capela-mor assentar sobre uma nascente termal. Construída com estilo quinhentista e laivos góticos ainda patentes, tem no topo da única nave existente, um escudo régio e tríptico de pintura claramente quinhentista onde é possível identificar vários episódios da Paixão de Cristo. As paredes laterais estão revestidas por azulejos padrão, em azul e amarelo, mandados instalar pela Rainha D. Luísa de Gusmão.
Ainda no interior, destaque para a pia baptismal, de planta octogonal, em forma de cálice e profusamente rendilhada, cuja autoria foi atribuída a Pêro e Filipe Henriques, os escultores da antiga pia da Sé Velha de Coimbra, hoje presente na Sé Nova. No exterior, o destaque vai para a torre sineira, ostentando gárgulas de teor zoomórfico e duas esculturas quinhentistas, personificando o Anjo Gabriel e a Virgem da Anunciação. Junto à torre sineira, encontra-se a entrada para o Museu do Hospital e das Caldas, assente no antigo Palácio Real, onde se pode descobrir muito das origens da cidade e a sua evolução em simultâneo com o Hospital Termal. Foi exactamente aqui que foi estreado o Auto de S. Martinho, de Gil Vicente, numa representação para a Rainha D. Leonor.

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